28 março 2012

Prémio Viver em Igualdade, candidaturas até 16-Abril


Estão abertas as candidaturas ao Prémio Viver em Igualdade, que visa distinguir os melhores locais para viver em igualdade no biénio 2012-2013. Esta é uma iniciativa bianual, promovida pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG), no âmbito do IV Plano Nacional para a Igualdade, Género, Cidadania e Não Discriminação, 2011-2013.

O Prémio destina-se a distinguir Municípios com boas práticas na integração da dimensão da Igualdade de Género, Cidadania e Não Discriminação, quer na sua organização ou funcionamento, quer nas atividades por si desenvolvidas.

O Regulamento integral do Prémio e a ficha de candidatura podem ser consultado no portal da CIG.

23 março 2012

Este lindo video mostra 10 razões para visitar Portugal em dezenas de imagens fabulosas:
 1. O oceano sempre presente
 2. A história milenar que se confunde com a história mundial
3.  A cultura que reflecte muitas influências e mais tolerância
4. A paisagem variada do Minho, à Serra da Estrêla, ao Algarve, aos Açores e à Madeira
5. A cor que brilha na luz inconfundível
6. Os divertimentos e as experiências para recordar, fun, fun, fun
7.  A gastronomia, o que é fresco e natural é bom no país do slow food
8. O clima  com sol, bem temperado, 300 dias por ano
9. Os produtos portugueses, vinhos para todos os gostos, azeite, o pastel de nata
10. O povo português suave e hospitaleiro
Quem venham todos os que vêm por bem! 

17 março 2012

Vamos Limpar Portugal no sábado, 24-Março

O campanha Limpar Portugal 2012 vai ter lugar no próximo sábado, 24-Março-2012 Ver o manual em http://www.amoportugal.org/pt/limparportugal2012/manual

Todos podemos participar a melhorar o nosso ambiente, como podem ver aqui
http://antoniopovinho.blogspot.pt/2009/03/caminheiros-com-espirito-ecologico_31.html

Vilolência doméstica - perguntas e respostas



Elizabeth Brasil, presidente da UMAR fala à DECO

Com 76 colaboradores e 3 casas-abrigo em Portugal, a União das Mulheres Alternativa e Resposta atende por ano largas centenas de mulheres em risco por violência doméstica. Elizabeth Brasil trava luta diária para apoiar todos os casos.
“Mulheres em perigo de vida vão para as casas-abrigo”
Elizabeth Brasil
Que tipo de apoio dão às mulheres que vos procuram?
Temos três casas-abrigo: duas nos distritos de Lisboa e Setúbal e outra no distrito da Horta, nos Açores. Temos uma linha azul só destinada aos Açores, para atendimento telefónico a mulheres vítimas de violência. Temos cinco centros de atendimento em Portugal Continental e nos Açores. Fazemos o atendimento geral, a despistagem da situação, o acompanhamento psicológico, o apoio social. Este é conjugado com uma rede de parceria múltipla, em que se incluem centros de emprego e juntas de freguesia. Estamos nas redes sociais, nos concelhos locais de acção social, nas comissões de menores, mas não fazemos acção social. É um trabalho específico só na área da violência. Com as parcerias, tentamos que não se verifique a revitimização dos serviços às próprias mulheres. Fazemos o despiste das necessidades em termos de acção social. Temos também um serviço de emergência social durante o dia e fazemos o cruzamento com as necessidades nocturnas da linha 144, número nacional. Todas as mulheres que procuram apoio, no distrito de Setúbal, à noite, no outro dia de manhã estão aqui connosco. Há de tudo. Desde a fralda à papa, até ao reconstruir da vida. Onde e como vai ser, o risco implicado, e também o seguimento jurídico dos processos das mulheres, que asseguramos, desde o início até ao final.
Tem ideia de quantas mulheres passaram pela UMAR?
Em 2007, passaram pelo atendimento cerca de duas mil mulheres, 500 processos abertos. Cada ano dá para um estudo diferente, pela profissão dos agressores, tipo de agressão, etc. Quando acho que já vi o pior, vem outro dia e pergunto-me “como é que é possível”. Às vezes vejo mulheres ditas esclarecidas e é incrível como as situações podem ser tão devastadoras, como é que tão lentamente se foi deixando morrer, aniquilar.
Qual a média das idades das vítimas?
Depende muito. Há cada vez mais jovens. Em situação de casa-abrigo é sempre o marido o agressor. Em centros de atendimento, há idosas que são agredidas pelos filhos e também pelas noras. Mas a maior parte das idosas agredidas pelos filhos, que têm problemas de toxicodependência, vêm desabafar, num momento de crise, mas nunca querem apresentar queixa contra o filho, nem sair de casa.
A violência contra homens é menos reportada, mas é um fenómeno real.
Nenhum homem pode agredir uma mulher, nem nenhuma mulher pode agredir um homem. Sabemos que 2,6% dos homens são agredidos pelas mulheres, mas mais de 97% são mulheres agredidas. O nosso público-alvo são as mulheres, mas já atendemos homens vítimas de violência. A perigosidade é distinta. A agressão tem em vista o homem sair de casa. Quando homem sai, a mulher não vai persegui-lo.
 Casas-abrigo
Pode descrever-nos a mulher que vai para uma casa-abrigo? 
Não está segura em casa ou foi expulsa do lar, e encontra-se, após uma situação de violência, totalmente desprotegida. Às vezes não existem familiares ou estes não se querem envolver. Não temos nenhuma rede de suporte de familiares ou de amigos que intervenha e dê protecção. É uma situação de risco social. Pode não ser de alto risco de homicídio conjugal, conclusão a que chegamos pela duração, padrão, frequência e severidade. Mas há uma mulher na rua com as suas crianças, sem suporte familiar, sem amigos que a possam apoiar e sem meios económicos para pagar uma habitação. Uma mulher destas também pode ir para a casa-abrigo, embora não a maioria. Grande parte das mulheres aí estão porque a vida delas corre risco. E é por isso que elas se obrigam a estar neste espaço.
Deveriam ir também para a casa-abrigo mulheres em situações de risco de repetição da conduta violenta.
Estamos a falar de agressão física?
Estamos a falar de agressão física, psicológica ou de perseguição. Vão para a casa-abrigo várias situações de risco social, de tentativa de homicídio ou de ofensas graves à integridade física. Temos instrumentos de avaliação. O que conta é determinarmos se uma situação é de alto risco ou não, tendo em conta o tempo de exposição às agressões, a severidade das mesmas, a frequência com que têm ocorrido, uma série de questões na avaliação de risco da violência.
Quanto tempo pode uma mulher permanecer numa casa-abrigo?
Há um decreto que afirma que a casa-abrigo é um recurso a utilizar por 6 meses. No entanto, entendemos que é um espaço de recomeço com um timing que uma lei não determina. Cada mulher tem o seu contexto, o que inclui o tipo de trabalho que consegue arranjar, o número de filhos que a acompanham e o reatar de redes familiares de suporte e de amigos. Tivemos uma mulher que esteve lá dois anos, mas outras estão lá 3 ou 4 meses. É uma média de 8 meses a 1 ano. É o tempo para se organizar.
Há mulheres sem emprego e que precisam de formação profissional?
Sim. Todas as mulheres que entram nas casas-abrigo em princípio não têm emprego. Tiveram que o deixar. Uma casa-abrigo de Lisboa dificilmente responderá a uma mulher de Lisboa, por questões de segurança.
Ninguém deve saber onde fica a casa-abrigo, muito menos o agressor. Há tentativas nesse sentido?
Por vezes, o agressor tenta saber onde fica a casa. Não temos muitos casos. Em 8 anos de casa-abrigo temos duas situações. Geralmente, em situações de alto risco, as mulheres têm de sair e ir para outro sítio. Não é só o afastamento do agressor que as coloca em segurança. Aliás, nós vemos isso no trabalho que fazemos no Observatório das Mulheres Assassinadas. Verificámos que a grande maioria daquelas mulheres já tinha abandonado as relações violentas. E os companheiros tentam encontrá-las, para que as mulheres voltem. Não aceitam que o corte relacional tenha ocorrido, muito menos tendo sido ela a dizer “basta” na relação.
As mulheres vêm directamente ter com a UMAR, ou via polícia? 
Há várias formas. Também depende muito do trabalho que já temos na comunidade. Chegam até nós através da PSP, da GNR e dos hospitais. Há mulheres que se dirigem directamente ao tribunal e este indica-nos. Chegam através das linhas de emergência, do 144. Por vezes, chegam através de outras organizações com linha verde, que as reencaminham por estarmos mais próximos ou ter a resposta mais adequada àquela situação. Chegam através de amigas ou vizinhas, e por elas próprias, porque viram o número nalgum sítio. E chegam através de outras instituições parceiras, da Segurança Social no seu atendimento, de outra Instituição Particular de Solidariedade Social no seu atendimento.
 Filhos
Muitas mulheres trazem os filhos para as casa-abrigo. Como reagem? 
Estas crianças são pequenas guerreiras. Tiveram de lutar muito para estar onde estão. Muitas vezes, defenderam as mães. Todas são vítimas da violência. Representam dois terços da população destas casas. É um peso viver numa casa-abrigo, porque são sítios de algum segredo, de anonimato. É necessário ter uma série de precauções. Todas as crianças vão à escola, mas não podem dizer onde estão. Tudo é tratado com o Ministério da Educação. Facilitamos o enquadramento imediato na escola, com ou sem vaga. Tem de mudar tudo: a zona, o emprego, a escola e recomeçar noutro sítio com um nome diferente. O nome das crianças não aparece nas pautas das escolas. Ou lhe damos uma letra. É um mundo de sigilo e de segredo.
Há crianças que entram nas casa-abrigo sem o domínio dos esfíncteres, algumas ficam sem andar, paralisadas, não andam. Há crianças que não falam. Temos de medir a aproximação e o toque físico. E é com grande emoção que depois as vemos evoluírem.
 Pais
Os pais tentam ver as crianças?
Tentam quase sempre ver as crianças. E utilizam-nas para tentar saber onde estão as mulheres. Uma vez decretado o regime de visitas, na maioria das vezes, não é cumprido. O que está em causa é utilizar a informação de que a criança é portadora para o seu objectivo, que é encontrar a mulher. E temos poucos pais que apenas querem estar com os seus filhos. Temos tribunais distintos para matérias distintas, não temos tribunais especializados, com competência mista nesta área. É um defeito do nosso sistema. Há medidas de afastamento em processos-crime e obrigação de visitas, ao mesmo tempo. Obrigam a mãe a levar o filho para ver o pai ao fim de semana. Os nossos magistrados entendem que se deve separar a relação de conjugalidade da relação de filiação, mesmo nos casos em que a criança era agredida. Estamos a salvaguardar enquanto estamos numa casa-abrigo, mas depois não há salvaguarda possível. Há crianças nas casas-abrigo que não querem ver os pais nunca mais, estão assustadíssimas, têm medo, nem imaginam uma situação dessas. Mas há outras que têm saudades do pai e querem vê-lo. Temos de lhes proporcionar que, em segurança, possam ver os seus pais. Temos crianças que assistiam às situações, mas que nunca foram directamente agredidas e que o pai com elas era perfeito. Muitas vezes, pedem-nos, e não à mãe, para ver o pai. E nós temos de falar com a mulher e ver se há condições para proporcionar uma convivência com o pai. Temos situações de interdição. Os pais estão proibidos de ver os seus filhos. E temos outras situações em que existe um regime de visitas fixado. Acompanhamos as mulheres nas entregas das crianças, sempre sabendo que isso pode pôr em causa a própria casa, porque os pais tentam obter informação das crianças.
 Classes sociais
A violência doméstica é um fenómeno transversal a todas as classes? 
Sem dúvida. Se antes tínhamos estudos que indicavam isso, e tínhamos muito discurso de outras Organizações Não Governamentais internacionais que, pela sua experiência, comprovavam isso, hoje temos a noção clara de que é assim. Porque cada vez mais nos chegam as ditas pessoas diferenciadas. É tão normal vir uma mulher com o quarto ano de escolaridade e iletrada, como com licenciatura, mestrado ou doutoramento. Hoje sabemos que é transversal e atinge mulheres de todas as raças. É interessante, porque percebe-se que as mulheres já não se sentem tão socialmente estigmatizadas pelas questões da violência. Por vezes, há diferenças em termos da escalada e do tipo de agressão. Nas classes sociais ditas mais elevadas, a violência não é física desde início. Começa por um mal trato muito subtil e vai subindo de tom até à violência física. E há outras situações em que, desde sempre, a violência física ocorre ao mesmo tempo que a psicológica. Há uma década atrás, estas mulheres ditas diferenciadas, vinham e diziam: “sei que não devia utilizar um serviço destes, é um abuso, não sou igual às outras mulheres”. Hoje em dia, não. Sentem legitimidade para estar neste espaço.
Há uma grande desinformação: nem todas sabem o que podem fazer, quais os seus direitos.
Muitas vivem em circuitos fechados, em casa, a tentar controlar o que se passa para que não haja problemas. São muito controladas no trabalho: ”a que horas saíste? Chegaste mais tarde porquê?”. Ou a informação está disponível no trabalho ou nos circuitos que fazem de casa para o trabalho, ou vice-versa, ou não têm informação e fácil acesso à informação. Muitas vezes é através dos meios de comunicação que mais facilmente obtêm informação. Anotaram o número de um programa na televisão.
As mulheres de classes mais favorecidas são mais informadas?
Na generalidade, há um desconhecimento face aos seus direitos ou há falso conhecimento. Há um desaprender do seu próprio conhecimento. Cria-se uma insegurança tal que já não se acredita saber coisa nenhuma. Se tem mais acesso à informação, anula os conhecimentos de que é portadora. Quando chegam estão no mesmo patamar, que é de insegurança, muita fragilidade e auto-descrédito. Já não sabem para onde vão, o que fazer, precisando de alguém que as apoie e fortaleça.
É um pouco perverso: é a vítima que tem de mudar a sua vida.
A perversidade está aí. Aquele que comete um crime fica na sua casa, embora tenham sido duas pessoas a trabalhar para lá estar, a aguardar pacientemente que a justiça cumpra os seus desígnios e que, no final, será sempre uma pena suspensa. E, portanto, compensa. Quando estamos a falar de situações de alto risco, as mulheres nunca voltarão àquela zona de origem. Muitas vezes nem lhes é permitido tirar as suas coisas de casa.
 Legislação
Como analisa a proposta de lei sobre violência doméstica? 
Há uma tentativa de juntar numa única lei aquilo que se encontra em vários decretos. É quase uma lei-quadro. Mas acho que há propostas que não salvaguardam interesses legítimos das mulheres vítimas de violência. A lei prevê o encontro restaurativo entre o agressor e a vítima, mas a mediação só é possível quando há equilíbrio entre as partes e nestas questões não há equilíbrio. A parte mais fraca, para obter a dita paz social, vai sempre ficar com menos para chegar a um acordo. Aceita-se pouco para se ver livre da situação. Isto não é no sentido de haver uma reconciliação, mas no sentido de chegar a um final mais célere do processo-crime. Não se entende bem o porquê da necessidade de consentimento do arguido para lhe ser aplicado os meios electrónicos de vigilância. Temos medidas de afastamento que podem e devem ser controladas. Esta nova proposta vem dizer que esta pulseira só pode ser aplicada se o arguido concordar.
Há também uma governamentalização das questões da violência. A sociedade civil e as associações quase não são tidas nas soluções apontadas para a violência doméstica. É o Estado que vai dar todas as respostas?
Há também uma tentativa de hierarquizar violências, algo que não deve ser feito. Não posso dizer que a violência contra as mulheres é mais grave do que a violência contra os idosos ou que esta é mais grave do que a contra as crianças.
O sistema está a re-vitimizar a vítima, quando lhe exige que se reconheça como tal. Quando denuncio uma situação estou a posicionar-me face àquele crime e não preciso de assinar mais nada para me reconhecerem como vítima. Isso é uma humilhação. Mas só se me reconhecer como vítima é que tenho direito a apoio psico-social.
Pensa que há uma progressão lenta da legislação?
Não, há uma progressão muito lenta da magistratura. A lei prevê este tipo de crime, diz que é um crime público, que se enquadra na criminalidade violenta, diz que há formas de coacção e que devem ser aplicadas. E o que se vê? Quantos arguidos estão presos? O Ministro da Justiça afirma que há cinco. Em milhares de casos. E temos cerca de 100 a cumprir penas suspensas. Há um com pena efectiva.
Há toda uma sociedade, onde se inclui a magistratura, que teima em não ver este crime como específico, distinto de outros tipos de crimes. O próprio sistema faz uma interpretação subjectiva, não à luz do espírito da lei, mas das suas crenças pessoais e vivências da comunidade em que se inserem. Temos um sistema que trava. Há julgamentos de casos de violência doméstica em que, se não perceber o que se está a passar, não sabe quem é o agredido e o agressor.
Qual é o papel do Estado em termos logísticos?.
Tudo o que as associações não governamentais fazem é da competência do Estado. O facto de a competência ser minha não quer dizer que seja eu a executá-la. O Estado tem de garantir a qualidade do serviço. Tem de garantir o funcionamento de um sistema legal, exequível face aos interesses e expectativas das pessoas. Tem de financiar as respostas sociais. Tem de avaliar, inspeccionar. Não defendo uma estatização dos serviços da violência, mas o Estado deve dar mais apoio financeiro. Cada organização deve pensar na sua autonomia financeira, mas aquilo que é desenvolvimento de trabalho que compete ao Estado, é este que deve arcar com todos os encargos financeiros. A casa-abrigo deve ser paga pelo Estado. Mas as outras actividades, não. A UMAR tem o Observatório das Mulheres Assassinadas, em regime de voluntariado. Não obstante fazermos trabalho na área da violência doméstica em cooperação com o Estado não nos torna dependentes. Negociamos de forma a podermos dar uma resposta o mais digna e melhor possível.
 Conselhos
Que conselho dá a uma mulher numa situação de violência?
Desde logo que se reconheça com mais força do que julga ter. Ela pode modificar a sua situação. Ela tem capacidade de arranjar uma alternativa. É possível ter relacionamentos não violentos. Ela é vítima de um crime, que o sistema reconhece. Há serviços na sociedade a que se pode dirigir, de forma sigilosa e gratuita. Há pessoas preparadas para a ouvir. Ela não é culpada do que lhe está a acontecer. Deve denunciar o crime. Se estiver em risco, delineie uma estratégia de emergência. Ter o número da PSP ou da GNR à mão, para pedir ajuda. Há uma linha nacional de emergência social, o 144, pronta para a ouvir, que durante a noite pode proporcionar-lhe acolhimento, vestuário e alimentação. Guardar os seus documentos e dos filhos. Ter algum medicamento que faça falta na casa de uma amiga. Ter noção de quais são os locais mais perigosos, como as cozinhas e as casas de banho. Há homens que agridem sempre no mesmo sítio. Pode também codificar no telemóvel nomes de pessoas amigas. Pedir na escola que se esteja mais atento aos filhos. Avisar a família e pedir o seu apoio.

Está montado um sistema para não condenar",   ver artigo na revista da Ordem dos Advogados,  Dez-2011: 
http://www.oa.pt/upl/%7B54da0efc-2f6b-41a7-9bb7-bd665716bd61%7D.PDF 

Desde 2004, foram assassinadas 241 mulheres


Cada vez mais mulheres vítimas de violência doméstica resistem a sair da casa onde vivem com os agressores. As associações de apoio dizem que o medo resulta da crise. No dia em que Governo lança uma campanha de alerta, recordamos os números cada vez mais preocupantes.
Até Novembro de 2011,  o Observatório de Mulheres Assassinadas contou 23 vítimas.
O número é baseado nos casos divulgados pelos meios de comunicação social.

Desde Janeiro, 39 mulheres foram vítimas de tentativa de assassinato.

Uma em cada três mulheres vítimas de violência doméstica tem mais de 65 anos.

Desde 2004, o Observatório das Mulheres Assassinadas conta 241 mortes.

Fonte: http://sicnoticias.sapo.pt/pais/article1037433.ece


15 março 2012

Combate à violência doméstica na Universidade de Lisboa, hoje, 21h


A banda Muri Muri toca hoje neste evento inserido na semana de angariação de fundos para o combate à violência doméstica – Salão Nobre da Universidade de Lisboa às 21 horas, os músicos oferecem o seu trabalho em prol desta causa.

15 de Março - 21h: Concerto do grupo Muri Muri - Salão Nobre da Reitoria da Universidade de Lisboa (entrada: 5€)
Violência Doméstica - Semana de Actividades de Angariação de Fundos

Programa: 

1. 12-17 de Março: Exposição Fotográfica na Biblioteca da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa - Autor: Bruno Gonçalves 

2. 15 de Março - 17h: Debate com profissionais e intervenientes especializados - Salão Nobre da Reitoria da Universidade de Lisboa

3. 15 de Março - 21h: Concerto do grupo Muri Muri - Salão Nobre da Reitoria da Universidade de Lisboa (entrada: 5€)
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Violência doméstica - Semana de Actividades de Angariação de Fundos
DEBATE PELAS 17H E CONCERTO DOS MURI MURI AS 21H DA NOITE!NÃO PERCAM!!
Gosto ·  · Ontem às 12:52


 

Soroptimistas prestam homenagem com novo prémio Teresa Rosmaninho 2012

Na Quinta-feira, 8 de Março de  2012, o Clube Soroptimist International Porto Invicta marcou o Dia Internacional da Mulher com uma homenagem Teresa Rosmaninho, 1955-2011, a sua presidente fundadora.
A Soroptimist International União de Portugal associou-se a este evento, atribuindo pela primeira vez o "Prémio Soroptimista  Teresa Rosmaninho Jovem Líder destinado a reconhecer “mulheres que se tenham distinguido na vida cívica e comunitária”.

Na presença da família da Teresa, incluindo a filha  Catarina  Corte Real,  Maria Amélia Monteiro, presidente actual, as soroptimistas do Clube Porto Invicta junto com  amigos, colegas e altas individualidades que conheceram a Teresa prestaram homenagem uma grande mulher que deixou muitas saudades mas também uma grande obra.

Discurso de Amélia Monteiro, presidente do Clube Porto Invicta:

"Minhas Senhoras, meus senhores, amigas e amigos
Desde já, e em nome do Soroptimist International Clube Porto Invicta, quero agradecer a todos a vossa presença nesta singela, mas muito sentida e comovida Homenagem à Teresa Rosmaninho.
Gostaria de iniciar estas breves palavras com uma citação de Fernando Pessoa:
O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que elas acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis”.
Encontram-se nesta sala familiares, amigos, colegas e pessoas que contactaram com a Teresa Rosmaninho em contextos e tempos distintos.
 No entanto, penso colher a unanimidade dos presentes se afirmar que a Teresa era uma pessoa incomparável, logo, singular.
Foi uma Mulher que marcou o seu tempo e as pessoas que tiveram o privilégio de a conhecer: uma mulher empenhada na defesa dos direitos das mulheres, na luta contra todo o tipo de injustiças e de discriminação em razão do género, tendo, nesta área, tido um papel fundamental na luta contra a violência doméstica.
Quando conheci a Teresa, fazíamos parte do Curso de Auditores da Defesa Nacional em 2000, e desde logo, se começou a cimentar uma amizade e admiração recíprocas.
Mulher que lutava pelos ideais, nem que para isso tivesse que renunciar ao conforto pessoal e ao comodismo a que podia abandonar-se, cedo me desafiou para me juntar ao projeto soroptimista.
E assim me foi apresentado o Soroptimist Internacional Clube Porto Invicta de que a Teresa tinha sido uma das fundadoras e, porque não dizê-lo com toda a justiça, a sua força motriz.  
Em termos muito breves, pode dizer-se que é uma organização não-governamental que agrega mulheres profissionais das mais variadas origens, sendo a maior e mais antiga organização mundial feminina de clubes de intervenção social, que inclui as questões dos direitos humanos e do estatuto da mulher nas suas áreas de intervenção.
Conta com mais de 3.000 clubes e 90.000 mulheres filiadas em todo o mundo, sem qualquer filiação política nem religiosa.
Em boa hora o fiz, logo em 2001. Tive o privilégio de participar numa das suas obras que perdurará para além da passagem física da Teresa que, em tão pouco tempo tanto fez pelos outros.
Estou a referir-me ao Porto d’Abrigo: uma casa que acolhe mulheres e crianças que foram vítimas de violência doméstica. Aqui são acolhidas por pessoas tecnicamente qualificadas e humanamente sensibilizadas para promoverem a reconstrução de vidas destruídas e a reconquista da autoestima e da vontade de viver de novo sem medo do contacto com um dos lados mais sombrios do ser humano: o exercício da violência sobre os mais fracos fisicamente.
Este projeto resultou da reconstrução de uma casa cedida pela Câmara Municipal do Porto e projetada gratuitamente pelo Senhor Arquiteto Jorge Gonçalves. O Ministério da Justiça financiou.
Contou igualmente com a solidariedade de muitas pessoas e empresários e existe graças a um protocolo com o Ministério da Solidariedade e da Segurança Social.  Atualmente, graças a um protocolo com a Câmara Municipal da Trofa, existem mais dois apartamentos destinados a acolher mulheres e crianças vítimas de violência doméstica.
Muito haveria a dizer sobre a obra e a mulher singular que foi a Teresa Rosmaninho.

No entanto, as imagens que se seguem, cuja realização se deve ao homem que a Teresa muito amava, bem como os testemunhos das pessoas que com ela contactaram nos mais variados contextos e projetos que acederam gentilmente marcar hoje presença neste espaço, disso darão nota.

Não posso, igualmente, deixar de assinalar a marca indelével que a Teresa deixou entre nós em geral e nos valores do soroptimismo em particular: será hoje atribuído, pela primeira vez o Prémio SoroptimsitaTeresa Rosmaninho Jovem Líder, pela SOROPTIMIST INTERNATIONAL UNIÃO DE PORTUGAL: a união dos clubes soroptimistas portugueses, representada pela sua Presidente e madrinha do  Clube Porto Invicta, Luisa Ramires.


Apreciadora como era da beleza e das suas várias manifestações, esta homenagem não ficaria completa sem a presença de um grande amigo da Teresa: o Maestro António Vitorino d’Almeida.
Demos, então, início à merecida e singela homenagem à grande mulher que para sempre ficará conhecida como Teresa Rosmaninho.
Passo a palavra à Catarina,  filha da Teresa que se juntou a nós para apresentar os intervenientes nesta homenagem."
... .... ... 
A Soroptimist International União de Portugal, representada pela sua presidente Luisa Ramires, que foi madrinha do Clube do Porto, juntou-se à homenagem entregando  o novo "Prémio Soroptimista  Teresa Rosmaninho Jovem Líder" à jornalista Ana Cristina Pereira pelo seu trabalho cívico e comunitário.  
Ver o blog de Ana Cristina Pereira em http://meninosdeninguem.wordpress.com/2012/03/12/teresa-rosmaninho/ 

O tema "Maria da Fonte," que refere uma outra grande mulher de armas da nossa história, foi lindamente interpretado pelo Maestro António Vitorino d'Almeida, como podemos apreciar no video em anexo. 

01 março 2012

Soroptimistas atribuem prémio em homenagem a Teresa Rosmaninho


O Clube Soroptimist Internacional Porto – Invicta
vai assinalar o Dia Internacional da Mulher com uma homenagem póstuma a Teresa Rosmaninho, fundadora e primeira presidente do clube do Porto e foi presidente da Soroptimist International União de Portugal

Defensora intransigente dos direitos das mulheres, Teresa Rosmaninho dedicou grande parte da sua vida no combate à violência de género e, nesse sentido, fundou o “Porto d’ Abrigo”, casa de apoio para acolher vítimas de violência doméstica.

Na mesma cerimónia vai ser atribuído pela Soroptimist International União de Portugal o novo
Prémio Soroptimista “Teresa Rosmaninho”, destinado a mulheres que se tenham distinguido na vida cívica e comunitária.

O Clube Soroptimist Internacional Porto – Invicta ficaria muito honrado com a vossa  presença nesta iniciativa num dia em que as Nações Unidas convidam a refletir sobre o tema
“Empower Rural Women – End Hunger and Poverty” (http://www.un.org/womenwatch/feature/iwd/ ).

Data:     quinta-feira, 8-Março,  18H00
Lugar:  Fundação Engº António de Almeida, Rua Tenente Valadim, 231, Porto 
Contacto:   soroptimist.porto@gmail.com, soroptimist.portugal@gmail.com


Ver video da Teresa a falar do combate à violência doméstica em http://soroptimistapt.blogspot.com/2011/12/faleceu-teresa-rosmaninho-antiga.html