Mulheres mais discriminadas no topo
Ordenados As mulheres ganham menos do que os homens em todos os níveis profissionais e de qualificações, mas nos cargos de topo a diferença ainda é pior, revela o estudo-síntese sobre os quadros de pessoas para 2009.
Os técnicos do Ministério do Trabalho sublinham que o salário bruto total médio dos homens "continua a ser, em todos os níveis de qualificação, superior" ao das mulheres. "O maior afastamento das remunerações" continua a registar-se nos quadros superiores. Aqui, as mulheres recebem, em média, menos 29,5% que os homens em termos do ganho total. Uma mulher que trabalhe por conta de outrem num desses cargos de topo ganha à volta de 2000 euros mensais brutos; um homem com as mesmas funções recebe 800 euros a mais (cerca de 2838 euros no total).
Em todo o caso, o estudo do Ministério do Trabalho sublinha que "continua a observar-se uma aproximação gradual entre os valores para os dois sexos" no que respeita à média global nacional.
Ainda assim, no universo dos quase 2,9 milhões de trabalhadores por conta de outrem, verifica-se que o salário médio total bruto das mulheres ronda os 900 euros por mês, ao passo que os homens recebem quase 1140 euros.
A isto não será alheio o facto de haver muito menos mulheres empregadas a tempo completo: elas representam 44,2% (1,198 milhões) do total nesta modalidade de trabalho. Em contrapartida, as mulheres predominam no trabalho a tempo parcial: segundo o Ministério, em 2009 havia 165,4 mil pessoas empregadas em part time, das quais mais de 70% eram mulheres.
Outra razão importante tem a ver com as qualificações: maior parte dos pouco ou nada qualificados são do sexo feminino.
Fonte: DN
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