07 fevereiro 2015

Recessões cortam natalidade de forma permanente

Sabíamos que a natalidade desce quando o desemprego sobe, mas as sequelas de longo prazo são mais graves do que se pensava.   
Num estudo americano de 2014, a economista Janet Currie da Princeton University concluiu que as recessões deprimem a natalidade não só no curto prazo mas também no longo prazo.    

O estudo mostra que as mulheres que estavam nos seus 20 anos durante a Grande Recessão, irão provavelmente ter menos filhos. Nas recessões passadas, houve um aumento no número de mulheres que chegaram aos 40 anos sem filhos.

O estudo, que analisou 140 milhões de registos de nascimento nos EUA e que foi  publicado na revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências, é o primeiro a mostrar que as recessões têm efeitos a longo prazo sobre a fertilidade, e esses efeitos aumentam exponencialmente ao longo do tempo.

Mas quais são os mecanismos económicos que levam a estes resultados? As investigadoras citam estudos empíricos recentes que mostram que os jovens adultos - homens - especialmente os que entram no mercado de trabalho durante uma recessão económica, são susceptíveis de ter ganhos persistentemente inferiores durante toda a sua carreira. Esse fenómeno pode tornar estes homens menos atraentes como pais, o que explica o aumento do número de mulheres que prescindem de ser mães

Este trabalho destaca os custos pessoais das recessões, mesmo nesta esfera mais íntima, e portanto aponta para a importância de evitar as recessões,  segundoo a professora Janet Currie, que é também a Directora da faculdade de Economia da Universidade de Princeton.



Fonte:  http://wws.princeton.edu/news-and-events/news/item/recessions-result-lower-birth-rates-long-run

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