Sabíamos que a natalidade desce quando o desemprego sobe,
mas as sequelas de longo prazo são mais graves do que se
pensava.
Num estudo americano de 2014, a economista Janet Currie da
Princeton University concluiu que as recessões deprimem a natalidade não só no curto
prazo mas também no longo prazo.
O estudo mostra que as mulheres que estavam nos seus 20 anos
durante a Grande Recessão, irão provavelmente ter menos filhos. Nas recessões
passadas, houve um aumento no número de mulheres que chegaram aos 40 anos sem
filhos.
O estudo, que analisou 140 milhões de registos de
nascimento nos EUA e que foi publicado na revista Proceedings, da Academia Nacional
de Ciências, é o primeiro a mostrar que as recessões têm efeitos a longo prazo
sobre a fertilidade, e esses efeitos aumentam exponencialmente ao longo do
tempo.
Mas quais são os mecanismos económicos que levam a estes
resultados? As investigadoras citam estudos empíricos recentes que mostram que
os jovens adultos - homens - especialmente os que entram no mercado de
trabalho durante uma recessão económica, são susceptíveis de ter ganhos
persistentemente inferiores durante toda a sua carreira. Esse fenómeno pode
tornar estes homens menos atraentes como pais, o que explica o aumento do
número de mulheres que prescindem de ser mães.
Fonte: http://wws.princeton.edu/news-and-events/news/item/recessions-result-lower-birth-rates-long-run
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