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A subida do desemprego para 7,7% a Março 2006 é o sintoma visível da fragilidade da economia portuguesa, apesar de ainda estar abaixo dos níveis de desemprego atingido noutros países. As mulheres portuguesas, que têm uma taxa de participação no trabalho remunerado superior aos outros países da Europa do Sul, são as mais afectadas com desemprego de 9,1%.
(No 3º trimestre de 2010, o desemprego feminino alcançava já o nível de 12,4%, comparado a 9,6% para os homens e 10,9% em geral)
O problema de desemprego feminino concentra-se dos 25-44 anos, idades em que as mulheres têm de fazer mais esforço para conciliar as exigências profissionais com as responsabilidades familiares.
É na faixa etária dos 35-44 anos que se verifica maior predominancia de mulheres (
6 em cada 10 desempregados), frequentemente com baixa escolaridade e fragilizadas em relação a um mercado de trabalho cada vez mais exigente e mais concorrencial.
Recentemente o desemprego têm-se agravado também entre
licenciados.
As mulheres representam 56,4% de todos os desempregados mas 67,8% dos licenciados no desemprego. O ensino
secundário continua a ser o elo mais fraco no sistema escolar português. Alguns cursos superiores em áreas não-técnicas reportam baixas taxas de colocação dos seus diplomados, reflectindo algum desajustamento entre a oferta e a procura de qualificações, o que afecta especialmente as mulheres. Muitas jovens com baixo aproveitamento a matemática afastam-se das especialidades mais técnicas, acabando assim por prejudicar o seu futuro profissional.
Algumas das causas do agravamento do desemprego feminino:
. Baixos níveis de formação e qualificação
. Cursos e formação pouco orientada para a prática e pouco orientada para o mercado
. Descriminação, especialmente em relação às mães trabalhadoras
. Dificuldade em conciliar o trabalho com a vida familiar
O novo portal do Governo, NetEmprego,
http://www.netemprego.gov.pt/IEFP/index.jsp é um serviço gratuito, que está disponível 24 horas por dia e acessível em qualquer lugar.
A emigração, temporária ou permanente, é um alternativa bastante importante.
O combate ao desemprego feminino é urgente para a família portuguesa que conta com os rendimentos da mulher. A integração de mulheres no mercado de trabalho é um dos desafios que motivam as Soroptimistas nas acções na área de desenvolvimento económico e social que incluem actividade de orientação vocacional, formação e reciclagem profissional.
Algumas formas de melhorar a inserção da mulher no mercado de trabalho:
- Melhor orientação profissional e formação em "cursos com saída" e procura no mercado de trabalho
- Apoio a mães trabalhadoras e desempregadas
- Combate à descriminação e promoção da igualdade de oportunidades e do mérito
- Conciliação dos horários de trabalho e de transportes com a vida familiar
- Reciclagem profissional e formação ao longo da vida adaptando a oferta à procura
- Apoio à criação do próprio emprego, micro-empresas e ao empreendorismo feminino
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Mulheres e o desemprego
NOTA: As trabalhadoras desempregadas necessitam de rever e reorientar a sua actividade laboral, começando com uma análise do mercado. Para apoiar neste processo, oferece-se
apoio na preparação de CVs e na simulação de entrevistas como se pode ver
aqui. As pessoas interessadas devem enviar uma mensagem para
soroptimistestorilcascais@gmail.com até ao dia 10 do mês. Capacidade limitada.