19 julho 2006

Desemprego feminino persiste - DES

A subida do desemprego para 7,7% a Março 2006 é o sintoma visível da fragilidade da economia portuguesa, apesar de ainda estar abaixo dos níveis de desemprego atingido noutros países. As mulheres portuguesas, que têm uma taxa de participação no trabalho remunerado superior aos outros países da Europa do Sul, são as mais afectadas com desemprego de 9,1%.

(No 3º trimestre de 2010, o desemprego feminino alcançava já o nível de 12,4%,  comparado a 9,6% para os homens e 10,9% em geral) 

O problema de desemprego feminino concentra-se dos 25-44 anos, idades em que as mulheres têm de fazer mais esforço para conciliar as exigências profissionais com as responsabilidades familiares.
É na faixa etária dos 35-44 anos que se verifica maior predominancia de mulheres (6 em cada 10 desempregados), frequentemente com baixa escolaridade e fragilizadas em relação a um mercado de trabalho cada vez mais exigente e mais concorrencial.

Recentemente o desemprego têm-se agravado também entre licenciados.
As mulheres representam 56,4% de todos os desempregados mas 67,8% dos licenciados no desemprego. O ensino secundário continua a ser o elo mais fraco no sistema escolar português. Alguns cursos superiores em áreas não-técnicas reportam baixas taxas de colocação dos seus diplomados, reflectindo algum desajustamento entre a oferta e a procura de qualificações, o que afecta especialmente as mulheres. Muitas jovens com baixo aproveitamento a matemática afastam-se das especialidades mais técnicas, acabando assim por prejudicar o seu futuro profissional.

Algumas das causas do agravamento do desemprego feminino:
. Baixos níveis de formação e qualificação
. Cursos e formação pouco orientada para a prática e pouco orientada para o mercado
. Descriminação, especialmente em relação às mães trabalhadoras
. Dificuldade em conciliar o trabalho com a vida familiar

O novo portal do Governo, NetEmprego, http://www.netemprego.gov.pt/IEFP/index.jsp é um serviço gratuito, que está disponível 24 horas por dia e acessível em qualquer lugar.
A emigração, temporária ou permanente, é um alternativa bastante importante.

O combate ao desemprego feminino é urgente para a família portuguesa que conta com os rendimentos da mulher. A integração de mulheres no mercado de trabalho é um dos desafios que motivam as Soroptimistas nas acções na área de desenvolvimento económico e social que incluem actividade de orientação vocacional, formação e reciclagem profissional.

Algumas formas de melhorar a inserção da mulher no mercado de trabalho:
- Melhor orientação profissional e formação em "cursos com saída" e procura no mercado de trabalho
- Apoio a mães trabalhadoras e desempregadas
- Combate à descriminação e promoção da igualdade de oportunidades e do mérito
- Conciliação dos horários de trabalho e de transportes com a vida familiar
- Reciclagem profissional e formação ao longo da vida adaptando a oferta   à procura
- Apoio à criação do próprio emprego, micro-empresas e ao empreendorismo feminino

Ver el paro em Espanha

Ver sondagem sobre Razões para Estudar

Se ficar desempregada, HURRA!

Mulheres e o desemprego

NOTA:  As trabalhadoras desempregadas necessitam de rever e reorientar a sua actividade laboral, começando com uma análise do mercado.   Para apoiar neste processo, oferece-se apoio na preparação de CVs e na  simulação de entrevistas como se pode ver aqui.  As pessoas  interessadas devem enviar uma mensagem para soroptimistestorilcascais@gmail.com até ao dia 10 do mês.  Capacidade limitada.

8 comentários:

António disse...

Excelente trabalho, neste blogue.
Parabéns continuem, nestas matérias há concerteza muito a fazer no nosso país.

Micas10 disse...

Quase 10% dos desempregados tem cursos superiores, mas o desemprego aumentou mais em 2006 entre os licenciados, tendo descido entre os trabalhadores com os restantes níveis de escolaridade. Isto afecta principalmente as mulheres, registando uma subida de 19 por cento, enquanto que o aumento nos homens foi de nove por cento. Alguns analistas falam em “wait unemployment”, desemprego à espera de uma proposta melhor.

Mas os cursos de História, Sociologia e Direito representam quase metade dos licenciados desempregados, são cursos com pouca procura ano trás ano. Por isso, o "wait unemployment" também se pode chamar "viver na ilusão" à custa dos pais. Quem fica à espera de encontrar "um emprego de que gosta e que pague bem" nestas áreas bem pode esperar sentado...Estes três cursos e outros de Ciências Sociis, são cursos que atraem mais raparigas, algumas das quais procuram afastar-se da matemática, e são também os cursos que mais vagas abrem e mais jovens formam.

Uma jovem de 16 anos que escolhe o área de História ou Ciências Sociais, em vez de Contabilidade, Informática ou Sáude, porque sofre de deficiências a Matemática, está a aumentar em muito o seu risco de desemprego aos 26 anos, 36 anos, 46 anos …

Cabe aos pais e aos orientadores escolares encorajarem e motivarem as jovens a conquistar as fobias e reforçar a Matemática, o optar por um “emprego com saída”.


http://sic.sapo.pt/online/noticias/dinheiro/20070108+Licenciados+no+desemprego.htm

http://oquadropreto.blogs.sapo.pt/35509.html

Micas10 disse...

PROGRESS: Novo Programa de emprego e apoio social
A União Europeia lançou o seu novo programa integrado para o emprego e a solidariedade social, o programa PROGRESS. Com um orçamento de mais de 700 milhões de euros para o período de 2007-2013, este programa destina-se a apoiar a concretização dos objectivos fixados pela Agenda Social e contribuir para a estratégia mais geral da UE para o crescimento e o emprego. Através deste programa poderão ser financiados estudos, actividades de aprendizagem mútua, campanhas de sensibilização e medidas de apoio em cinco grandes domínios de actuação: emprego, inclusão social, condições de trabalho, igualdade entre homens e mulheres e luta contra a discriminação. O programa visa igualmente racionalizar as despesas da União Europeia de apoio às políticas sociais e ao emprego, reforçando simultaneamente a sua visibilidade e coerência.

Micas10 disse...

O portal Universia vai fazer uma Bolsa Virtual de Emprego qualificado de nível universitário entre 3 a 14 de Dezembro

Ver http://www.universia.pt/servicos_net/informacao/noticia.jsp?noticia=44051

Anónimo disse...

Equal maternity rights for self-employed women across the EU!?
I. Janssen — www.ioneurope.eu
Last week, the European Parliament voted on a proposal to update existing EU rules for self-employed workers.
This new law can have a big impact on maternity leave and allowances for self-employed women.

The proposal is not to be confused with the maternity directive that is currently under scrutiny of the Parliament and only covers maternity rights of workers.

Micas10 disse...

Que fazer se ficares desempregada.

(If you lose your job, SWEAR)

Schedule: Manter um horário normal de dia útil, acordar e deitrar a horas, etc.

Work: Procurar trabalho é um trabalho mais exigente que qualquer emprego a tempo inteiro.

Exercise: Exercício físico, de preferencia ao ar livre e me grupo, ajuda a gerir o stress, manter a saúde e a boa disposição.

Activity: Alguma actividade de lazer e recreio serve de estímulo, sendo importante evitar o isolamento, e aproveitar as oportunidades de networking.

Reflection: Reflectir periódicamente sobre os nossos interesses e prioridade e sobre as oportunidades no mercado.

PPP Lusofonia disse...

Desemprego feminino aumentou 14% no último trimestre de 2010 em relação ao ano anterior.

SIEC disse...

O Clube Soroptimist Internacional Estoril Cascais oferece um serviço de optimização de CV e simulação de entrevistas.

Favor contactar por e-mail para
soroptimistestorilcascais...gmail.com