28 abril 2014

As mulheres 40 anos após o 25 de Abril

Os 40 anos do 25 de Abril de 1974 tem motivado muita reflexão sobre o "antes e depois" na sociedade portuguesa, agora que muitos dos então jovens estão agora na casa dos 60s, 70s e 80s.  Eis aqui os links a alguns dos artigos que focaram os avanços   40 anos após o 25 de Abril, e que falam do que mudou para as mulheres portuguesas e o que falta mudar 
A igualdade de oportunidades consagrada na lei às mulheres  com o 25 de Abril concedeu-lhes o acesso a profissões que lhes estavam vedadas, mas ganham menos do que os homens e estão em minoria nas chefias. 
Mulheres ganham em média menos 18% do que os homens em Portugal e recebem pensões  40% mais baixas .   Portugal é um dos países em que as disparidades salariais se agravaram . Em Espanha, as mulheres  ganham 23% menos  que os homens  e   na EU a disparidade  era 16% menos em 2012. 

As mulheres portuguesas 40 anos após o 25-Abril 

https://mail.google.com/mail/#inbox/14598289fc3cc404  e 
http://mulher.sapo.pt/atualidade/especiais/as-mulheres-40-anos-apos-o-25-de-abril  
Mulheres ganham em média menos 18% do que os homens 

Mulheres ganham menos e estão em minoria nos cargos de chefia

 http://mulher.sapo.pt/atualidade/em-foco/artigo/mulheres-ganham-menos-e-estao-em-minoria-nos-cargos-de-chefia?dossier=220?dossier=220

De acordo com o relatório mais recente, de 2012, do Observatório das Famílias e das Políticas de Família, as mulheres empregadas gastam mais tempo do que os homens nas lides da casa e nos cuidados com os filhos  as mulheres têm de ser "supermulheres", mães, mulheres, profissionais e donas de casa, Depois da Revolução, as mulheres tiveram de esperar ainda mais quatro anos pelo fim da figura do chefe de família, mas, hoje, fruto do amparo institucional e legislativo, denunciam mais a violência doméstica, de que são as principais vítimas.
Menos criminalidade mas  mais violência doméstica 
Portugal está em crise demográfica, com baixas taxas de natalidade e emigração crescente, tornando-se o sexto país mais envelhecido do mundo com a população a encolher.  
Mas continuam a cortar-se os apoios à natalidade e às famílias com filhos pequenos. Uma creche pode custar 300 euros por mês, comparado com o salário mínimo é de 485 euros/mês. 

Nunca consegui que ele se modificasse

"nunca consegui que ele se modificasse" 

Para mim a liberade, é vivermos no dia-a-dia sem medo. 

Diz uma vítima de violência doméstica durante 38 anos, agora uma mulher livre. 

Maria da Luz tem 61 anos e durante 38 foi vítima de violência doméstica. Casou-se no ano da revolução mas diz que só conquistou a liberdade em 2012, quando finalmente saiu de casa. Neste mural assume a liberdade de finalmente viver sem medo.

http://videos.sapo.pt/9YjRUa47ej9n3NMmwoEF 


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/vitima-de-violencia-domestica-durante-38-anos=f867356#ixzz30AWlrgL4 
http://expresso.sapo.pt/vitima-de-violencia-domestica-durante-38-anos=f867356

Em Dezembro 2013 estavam detidos 427 reclusos pelo crime de violência doméstica, mais 189 face a 2011, e existiam 210 agressores com pulseira electrónonica, contra os 51 registados em 2011. 

23 abril 2014

Conferência - Igualdade de Género, do Tratado de Roma ao Debate sobre as Quotas, 8-Maio, 18h30, ISEL


A plataforma Construir Ideias, em parceria com a PWN - Professional Women's Network convida-nos a assistir  a uma conferência com reputados oradores nacionais

Tema
 'Garantir a igualdade de género - do Tratado de Roma ao debate sobre as quotas" 

Data:  8 de maio,  18h30m

Local:   ISEL, Lisboa
Rua Cons Emidio Navarro 

Organização: 
Construir Ideias, 
PWN Lisbon 

21 abril 2014

Portugal perde população devido a quebra de natalidade

A taxa Bruta de Natalidade em Portugal está entre as mais baixas da Europa.  A relação entre o número de nados-vivos durante o ano por 1000 habitantes está apenas em 8,5 em Portugal, comparado com a média de 10,3 bebés na EU-27.
Em 2012, nasceram apenas 89.841 bebés em Portugal, bastante menos de metade dos 213.895 nascimentos em 1960.  Com esta quebra radical, a natalidade fica agora bastante abaixo do nível de substituição dado o número de óbitos de 107.612 em 2012 que representa uma evolução mais moderada.




Portugal vai perdendo população por duas formas: A quebra drástica da natalidade e a forte emigração de jovens  à  procura de oportunidades económicas.  
Demografia - Portugal 
Apesar da população alemã estar ainda mais envelhecida, com uma taxa de natalidade ainda mais baixa do que a portuguesa,  a forte economia alemã atrai trabalhadores com melhores salários para os adultos treinados e prontos a trabalhar Isto permite países como a Alemanha compensar a falta de bebés com a atracão de imigrantes. .

Diz quem sabe, os pais e avós, que o problema principal é a falta de apoio à primeira infância.  As creches são caras, os avós nem sempre estão disponíveis.   As creches mais baratas ficam à volta de 300 euros/mês, o que não se coaduna com o salário mínimo de 485 euros/mês.  Ter um bebé  pode implicar a perda não só do salário, mas também da carreira da mãe.  

01 abril 2014

Saúde materno-infantil melhora com investimento

... a  saúde materna foi um dos ODM Objectivos do Milénio que registou mais progressos…_A mortalidade materna caiu para metade, passámos de mais de 600.000 mortes por ano para 300.000, o que significa que continuamos a ter demasiada morte evitável. Os países que investiram nos cuidados de saúde materna foram os que registaram o maior desenvolvimento. Cabo Verde, por exemplo, conseguiu cumprir todas as metas relativas à redução da mortalidade materna, infantil e gravidez adolescente. No grupo dos países lusófonos, é o país que se destaca, fez um esforço que é de louvar e que merece ser analisado.

..._O dinheiro da cooperação portuguesa tem ajudado a salvar muitas vidas, sobretudo nos países lusófonos, e a construir estados de direito democráticos. São maternidades equipadas, hospitais e escolas construídos, educação e capacitação institucional. Estamos a falar de montantes modestos mas bem direccionados e  com uma taxa de retorno impressionante. 

VER  http://www.noticiasmagazine.pt/2014/um-mundo-mais-justo-e-possivel/

Trabalho de mulheres aumenta

Emprego feminino cresce em quase 10 mil postos de trabalho.
Mas Portugal foi o país onde mais se agravou a diferença salarial entre mulheres e homens em 2013 .

Publicado em 2014-03-28
A secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares da Igualdade recusou que a crise esteja a afetar mais as mulheres e apontou que houve quase 10 mil empregos entre o terceiro e o quarto trimestre de 2013 para o lado feminino.
Teresa Morais, que falava na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, admitiu não ter como proteger as mulheres da crise e dos seus efeitos nefastos, mas garantiu que o Governo tem feito tudo o que está ao seu alcance para minimizar o impacto.
"A tendência tradicional do perfil do desemprego, com taxas de desemprego das mulheres a superarem em muito a dos homens, inverteu-se em curtos períodos de tempo em 2012 e 2013 e apresentou no último trimestre um diferencial de um ponto percentual", defendeu.
Tendo em conta os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos ao último trimestre de 2013 e comparando com o período homólogo de 2012, Teresa Morais sublinhou que o emprego entre os homens aumentou 0,2%, enquanto o emprego entre as mulheres aumentou 1,2%.
"Significa que o emprego das mulheres tem crescido mais do que o dos homens e que a taxa de desemprego das mulheres é neste momento menor em relação ao desemprego dos homens. A diferença é menor do que foi no passado", sustentou.
Estas análises levam a secretária de Estado a afirmar que entre o terceiro e o quarto trimestres de 2013 houve um aumento de 9.600 empregos entre as mulheres.
Emprego feminino cresce em quase 10 mil postos de trabalho
Já no que diz respeito à presença de mulheres nos conselhos de administração das 20 empresas portuguesas cotadas em bolsa (PSI20), Teresa Morais diz ter havido uma ligeira subida de 7% em 2012 para 9% em 2013, o que melhora ligeiramente a posição de Portugal em relação aos restantes países da Europa.
"Neste momento há cinco estados membros da União Europeia mais a Turquia que estão piores do que Portugal", referiu, fazendo alusão a uma declaração sua o ano passado na mesma comissão, em que dava conta de só existirem dois países piores do que Portugal.

Já no que diz respeito às nomeações feitas pelo Conselho de Ministros para os órgãos de administração das empresas do setor empresarial do Estado, a secretária de Estado adiantou terem sido 37,5% de mulheres.