29 julho 2006

Prémio Dona Antónia distingue mulheres com espírito empreendedor - DES

A edição de 2005 do Prémio Dona Antónia Ferreira,criado em 1989 em homegagem à famosa empresária do vinho do Porto, distinguiu Catarina Sismeiro e Joana Resende.
Ambas finalizaram o respectivo curso com média final de 18 valores.

Catarina Sismeiro foi responsável pela implementação de um programa de apoios aos alunos dos PALOPs e em 2003 foi fundadora da NeodataGroup, de publicidade on-line. Joana Resende é estagiária e doutoranda na Faculdade de Economia do Porto.

PARABÉNS !

Desenvolvimento Económico e Social
Desemprego Feminino
Mulher e empresária
Prémio Soroptimista, Tulare, California

1 comentário:

Anónimo disse...

Distinguir mulheres de excepção 2006-07-16
Quando chegou aos Estados Unidos para iniciar o doutoramento em Marketing, Catarina Sismeiro teve de esperar que se informassem de quanto valia um 18 do lado de cá do Atlântico. "Não sabiam bem o que significava", lembra a voz bem disposta e mesclada de sotaques alheios do outro lado da linha de telefone.
Depressa perceberam a excepcionalidade de se terminar o curso de Gestão da Faculdade de Economia da Universidade do Porto com média final de 18 valores. Catarina Sismeiro, hoje com 31 anos, foi a primeira a consegui-lo, um objectivo só sentido como tal no último ano da licenciatura. Até lá, a gestora limitou-se a cumprir o gosto de uma vida "o de ser boa aluna".
Durante cinco anos, fez o doutoramento na Anderson Graduate School of Management da Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA). Desses tempos, recorda a dificuldade de ser emigrante nos EUA. "Apesar de terem muitas oportunidades, a vida dos estrangeiros é dura", conta.
Na impossibilidade de conseguirem os empregos que ambicionavam, Catarina e o marido lançaram-se na criação de uma empresa, com sede na Catania, Italia onde vive com o marido italiano. Nasceu a Neodata Group, empresa que desenvolve actividades nas áreas das tecnologias de informação e "business intelligence" e da publicidade "online".
Especialista reconhecida internacionalmente em marketing quantitativo, Catarina agradece com humildade o reconhecimento que recebe agora de Portugal. Da terra que não a faz esquecer a saudade das nortadas de Verão, dos cheiros e das comidas que espera passar aos filhos.
O desafio renova-se a cada ano - distinguir mulheres excepcionais que mantenham vivo o espírito de Dona Antónia, a "Ferreirinha". Instituído há 17 anos, o prémio procura reconhecer entre as mulheres portuguesas aquelas que melhor personificam os valores que fizeram da vida de Dona Antónia um exemplo a seguir por gerações vindouras. "Figuras femininas que contribuam de forma marcante para o desenvolvimento do país e para a projecção de Portugal no Mundo", lembra o júri do prémio que, na edição de 2005, coube, ex-aequo, a Catarina Sismeiro e a Joana Resende. Valorizaram-se "dois percursos académicos de excepção", duas jovens promissoras que fazem jus ao espírito Dona Antónia, que, já em 1855, defendia que "cada um na sua terra deve fazer tudo que seja para o bem da humanidade". Maria Cláudia Monteiro
Joana Resende (à esquerda na foto) recebeu o JN a meio de um dia quente de trabalho. As grossas paredes do edifício da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) mal deixam circular o ar, pesado por estes dias de calor. Joana sorri. Resiste à temperatura, como parece resistir a deixar passar uma vida de excepção no meio académico.
Começou bem, terminando o curso de Economia da FEP com média de 18. Feito inédito. Quis seguir Economia desde pequena, recorda. "Interessei-me sempre pela vida das empresas, talvez por influência do meu pai". À pergunta clássica, que povoa todas as infâncias, do "que é que queres ser quando fores grande", Joana respondia sempre: "Economista ou bailarina".
Quase romanticamente, Joana Resende espera poder encontrar no meio académico "respostas" que facilitem o dia- -a-dia das empresas. Prática já testada com sucesso ao nível das novas tecnologias e do trabalho desenvolvido nas universidades portuguesas, mas que ainda tem muito caminho para percorrer no meio empresarial. Diz que não quer ser uma académica pura, quer passar para o lado de lá, perceber cada vez melhor a vida dentro das empresas.
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=560464